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LGPD: o que mudará no mercado com a implantação dessa nova lei?

Métricas e dados
calendar 19.9.2019

As novidades tecnológicas trouxeram inúmeras mudanças para o mundo dos negócios. Nesse contexto, ao mesmo tempo em que essas novas tecnologias crescem, a demanda por segurança da informação é cada vez mais necessária para manter as ameaças distantes. Confira nesse artigo como a conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) pode se apresentar como uma importante aliada das marcas.


Os avanços tecnológicos mudaram completamente o cenário mundial. Hoje, a relação entre empresa e cliente é moldada, sobretudo, no novo modo de vida do consumidor. Altamente conectado e informado, ele busca por serviços digitais, cada vez mais rápidos e eficazes. E é por meio de pesquisas e dados do cliente que as marcas sabem exatamente onde atuar para conquistá-lo.

Tecnologia & LGPD

Por isso, devemos entender a importância de todos os dados disponibilizados às empresas. Muitas vezes, descontos ínfimos são prometidos em troca de importantes informações, sem considerar seus impactos. Como consequência, as marcas podem ser capazes de direcionar as decisões e delinear o comportamento do comprador, sem seu legítimo consentimento. 

Porém, grandes mudanças acontecerão quando a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais entrar em vigor. Acompanhe esse artigo para descobrir o que é LGPD e conferir seus principais efeitos para o mercado.

O que é LGPD?

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, ou apenas LGPD, tem se tornado um dos assuntos mais falados atualmente. Essa legislação está prevista para entrar em vigor em agosto de 2020, porém, a hora de entrar em conformidade com a lei é agora. 

Assim como a GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados), que atua na União Europeia, a LGPD estabelece que para qualquer empresa tratar dos dados pessoais de seus clientes é preciso que ela possua uma base legal, que justifique tal método. Ademais, qualquer prática fora isso será considerada irregular.

Portanto, além de determinar a maneira como as marcas devem administrar e cuidar dos dados pessoais de seus clientes, a lei também muda completamente o modo como eles mesmos se relacionam com seus dados. Então, não se esqueça de informar a cada um deles seu real motivo e finalidade. Desse modo, quanto mais dados você gerir, maior o cuidado que você precisará ter em sua operação.

Mas, o que acontecerá com uma empresa caso ela não cumpra os conformes da lei? Uma informação vazada, por exemplo, é capaz de interferir drasticamente em todos os seus resultados. Isso porque não só a relação com a “vítima” se tornará de completa desconfiança, como sua marca terá um histórico de violação e crime. E a consequência desses atos será desastrosa. 

Por que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais é importante?

Proteção de dados e LGPD

De acordo com uma pesquisa feita pela Serasa Experian, 88% dos brasileiros afirmaram que quanto mais transparente um negócio online demonstra ser, maior será sua confiança na empresa. Portanto,  a chave para o sucesso, nesse novo contexto mercadológico, é agregar mais valor no primeiro contato com o cliente.

Além disso, é extremamente importante possuir inteligência ao tratar os dados internos em sua empresa. Ao mostrar como sua equipe encontrou o dado do usuário, você não só conquistará sua confiança, como fará uma gestão mais eficiente. 

Em contrapartida, a não execução da lei trará grandes prejuízos para as marcas. Entre eles, o risco de multas de 2% do faturamento do último ano, o que pode chegar a R$ 50 milhões, ou a proibição, parcial ou total, do exercício de atividades que envolvam o tratamento de dados.

Outro ponto importante na Lei Geral de Proteção de Dados é que ela empodera o cliente sobre suas informações. Assim, se o consumidor encontrar alguma irregularidade durante os processos da empresa, ele mesmo poderá acionar sua marca à justiça. Desse modo, sua empresa poderá nunca ser pega pelo órgão regulador, mas, sim, pelo seu próprio cliente.

Portanto, lembre-se de que o comprador é e sempre será a peça principal de seu negócio. E, na questão da LGPD, ele terá mais poder e controle sobre suas informações. Logo, tudo isso deverá ser analisado pelas empresas, a fim de estabelecer um conjunto de práticas centradas no interlocutor para a obtenção de seus dados.

Para saber mais sobre a LGPD e seu impacto na área de marketing das empresas, confira o e-book que lançamos em parceria com a GhFly.

Como adequar sua empresa à LGPD

Depois de pontuarmos a importância da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, falaremos agora sobre sua implantação. Para as empresas que realmente se preocupam com seus clientes, seu ponto de partida não sofrerá grandes mudanças. O caminho é sempre se colocar em seu lugar, ou seja, na posição de interlocutor.

Há três figuras principais que atuam diretamente na LGPD. A primeira é o titular, dono dos dados. A segunda, o controlador, quem requisita e utiliza o dado. E a terceira, o operador, responsável pelo tratamento desses dados. É importante frisar que o controlador é o encarregado pelo consentimento dos clientes que lhe entregarão suas informações. Por isso, disponibilizar ofertas personalizadas é uma ótima forma de chamar sua atenção e conquistar sua confiança para tal finalidade.

Dessa maneira, ficará nas mãos das marcas realizarem três boas práticas:

  • Informar as razões pelas quais elas usarão os dados;
  • Informar o que elas farão com as informações e como serão esses métodos;
  • Proteger os dados de seus clientes.

Além disso, também cabe às empresas o papel de serem inteligentes e criativas. Utilizar os dados públicos que os consumidores dispõem em suas mídias sociais é uma grande oportunidade para coletarem as informações. Tudo isso de forma simples e legal, sem precisarem explicar seus passos.

Mas, o que as empresas devem fazer para cumprirem as exigências presentes na LGPD? 

O primeiro passo está nas mãos da equipe de TI (Tecnologia da Informação). É necessário produzir um relatório com a finalidade de analisar o risco e o impacto que as novas exigências trarão para a empresa. Com isso, a visualização de toda a situação, desde os processos mais e menos críticos, será muito mais assertiva.

Ainda, é recomendável criar um grupo que fique responsável pelo gerenciamento da proteção de dados. É através da elaboração de políticas internas, contendo planos de ação e metas, que a empresa conseguirá diminuir as consequências de possíveis crises na área de segurança e privacidade dos dados.

Dessa maneira, ao estruturar e sistematizar sua marca para o novo funcionamento, ela estará pronta para poder exercer suas funções com êxito e eficácia. O reflexo de tudo isso se concentrará no fortalecimento de sua nova política e em sua boa reputação no mercado. Como consequência, o cliente se sentirá muito mais seguro para fazer negócio com sua empresa. 

Lembre-se de que essa segurança oferecida é o que fará o consumidor ter uma experiência qualitativa e saudável ao escolher seus serviços. Logo, boas experiências geram prestígio e reconhecimento e é exatamente assim que sua empresa aumentará as oportunidades no mercado.

Qual o reflexo da Lei de Proteção de Dados no e-commerce?

E-commerce & LGPD

Não é novidade o grande impacto que os e-commerces sofrerão com a nova legislação da LGPD. Como falamos, os consumidores querem ter, além da boa experiência, um atendimento personalizado ao entrarem em contato com as marcas. É por isso que comprar listas de e-mail para alcançar pessoas que não deram permissão, por exemplo, depois que a lei entrar em vigor, não será considerado apenas uma prática ruim, mas também um crime.

Desse modo, é necessário preparar sua loja virtual com uma certa antecedência para não ter de enfrentar futuros imprevistos. Porém, alguns números não são muito positivos. Segundo uma pesquisa feita em junho de 2019 pela Serasa Experian, 75% dos entrevistados não sabiam ou sabiam muito pouco sobre a LGPD. E apenas 4% deles afirmaram conhecer bastante a lei.

Portanto, para não se preocupar depois, comece a fazer todos os processos necessários desde já. Como consequência, seu e-commerce conseguirá manusear os dados de forma muito mais consistente e efetiva. E tudo isso se tornará um fator de enorme poder para o bom relacionamento entre sua marca e o consumidor.

Não se esqueça de que os dados, a partir da LGPD, terão muito mais valor. Você sabe por quê? A resposta é simples! É porque esses dados direcionam as estratégias que, realmente, podem ser chamadas de CRM (Customer Relationship Management). Isso quer dizer que, ao começar a trabalhar nessas mudanças o mais rápido possível, sua marca poderá chegar a um resultado muito melhor, se comparado aos outros e-commerces.

Conclusão

Como vimos no decorrer deste artigo, a LGPD já está mudando todo o nosso cenário mercadológico. Dessa maneira, é imprescindível entender o grande impacto que essa lei causará em todas as áreas de uma organização.

Um bom exemplo disso é que os dados dos colaboradores também deverão ser tratados dentro da lei, afetando as rotinas e processos de RH (Recursos Humanos). Já  os times de marketing e vendas precisarão da confirmação do consumidor para, de fato, poderem atingi-los com e-mails, coletar e processar seus dados e preferências.

Desse modo, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais afetará não só as grandes empresas, como também as pequenas. Então, independente do tamanho de seu negócio, confira as formalidades que a legislação exige para você estar em completa conciliação com a LGPD. Lembre-se de que seu foco principal está na privacidade do cliente e em como você cuidará de seus dados.

Portanto, monte sua equipe e liste todos os processos pelos quais sua empresa deve passar. Assim, ao estar em conformidade com a lei, sua marca poderá ter um incrível diferencial competitivo. Essa ótima vantagem não só manterá seus clientes na base, como também trará novos consumidores para dentro de seu negócio. E o desfecho de todo esse trabalho se encontra no destaque que sua empresa terá tanto no mercado como entre a concorrência.


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